segunda-feira, dezembro 25, 2006

Prendinhas de Natal

Este ano consegui fazer prendinhas para oferecer. Além de gratificante não se torna nada de moroso se se optar por uma técnica simples, e por uma peça com um tamanho condizente com o tempo disponível.

Mitenes actualizadas



Peguei no modelo das minhas mitenes (post anterior) e introduzi umas melhorias:
a) para um maior ajuste à mão, aumentei o canelado do punho e antecipei o início do polegar (entre o fim do 1º motivo e o início do polegar tricotar apenas 4 voltas de meia em cor lisa)
b) terminei a mão em canelado para evitar uma certa tendência para revirar (altera-se também a estrutura da mão do seguinte modo: início da mão, tricotar 3 voltas de meia em cor lisa, 2º motivo, 1 volta de meia em cor lisa, 4 voltas de canelado 2/2, rematar).

Tomei a liberdade de posar para a fotografia (por um bom motivo, prima!)

Gola de fantasia

Tive a sorte de encontrar na minha-loja-do-costume uma lã maravilhosa com um efeito espectacular. Aliás, havia duas marcas com um efeito muito semelhante, apenas as cores variavam: "Brazilia Lungo" da Schachenmayr e "Softly" da Rosários 4. Trouxe esta última nesta cor (já a pensar nas outras):

Rosários 4 Softly (100% poliester, 50g/40 m) - cor 10


Eu usei ag. nº 6, montei 20 m. (para 18 cm) e tricotei em ponto de meia até ao comprimento desejado. Rematar. Coser as fitas de cetim.

Um Natal muito inspirado a todas(os).

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quarta-feira, dezembro 20, 2006

Mitenes : Mittens : Mitaines



O meu projecto ultra-rápido do fim-de-semana. A necessidade de arranjar rapidamente algo que me aquecesse as mãos enquanto estava ao computador fez-me pegar nuns novelos de lã sortidos que andavam no saco. Comecei no Domingo à tarde e à noite já tinha a primeira feita. No dia seguinte, em poucas horas fiz a outra.

Optei por fazer um motivo simples em azul para quebrar a monotonia do bege (ando com vontade de fazer coisas em Fair Isle e Intarsia, que basicamente são o uso de padrões ou motivos com cores diferentes).

Além de ter sido muito engraçado trabalhar uma técnica nova (atenção ao preceito de alternar os fios ou eles enredam-se: o ideal é manter um fio de uma cor ao pescoço e o outro fio em baixo), é um trabalho muito rápido de concretizar. Nem se chega a ter o “síndrome da segunda meia” (ou luva, neste caso) porque quando se dá por isso já se está a terminar a primeira peça e apetece mesmo começar a segunda.

Estão mais do que aprovadas: estou a escrever isto enquanto as uso e as minhas mãos estão quentinhas.

Aqui vai a receita:

Lã Rosários 4 Zelândia Grosso 70% acrílico 30% lã (50g/80m): 2 novelos em bege (usei cerca de 60g no total) e 1 novelo em azul (usei apenas alguns gramas). Cinco agulhas de duas pontas de 5 mm. Alfinetes para malhas.
Amostra: 16m x 24v = 10x10 cm (ag. 5 mm em p. de meia)
Tamanho único (a medida da minha mão: M)

m. = malhas
v. = voltas (ou carreiras)

Montar 24 m. em bege e distribuir por 4 ag. (6 m./ag.). Trabalhar em canelado 2/2 durante 10 v. Trab. em p. de meia aumentando 12 m. do seguinte modo:
1ª v – aum. 2m./ag. (8m.) = 32 m. total
2ª v – volta normal
3ª v – aum. 1m./ag. (4m.) = 36 m. total
4ª v – volta normal
Seguir o motivo 1. Continuar em bege por 8 v.

Polegar
Tricotar 4 m. da 1ª ag., levantar 2 m., tric. últimas 4 m. da última ag. (deixar as restantes m. em espera). Cont. por 4 v. e rematar de modo folgado.

Mão
Distribuir as m. em espera por 4 ag.
Mão esquerda: Levantar 4 m. do lado do polegar e tric. as restantes 28 m. Cont. por 5 v. Seguir o motivo 2. Tric. 2 v. em bege. Rematar de modo apertado.
Mão direita: Tric. as 28 m. e levantar as 4 m. do lado do polegar no fim. Cont. do mesmo modo que para a mão esquerda.
Nota: O início diferente para as duas mãos permite que o início e o fim do motivo 2 fiquem na face de baixo da mitene.


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domingo, dezembro 17, 2006

VOGUE KNITTING Fall 2006

Recebi a minha primeira Vogue Knitting! Não assinei ainda, comprei este número avulso no The Knitting Garden, mas mais tarde ou mais cedo vai ser inevitável… Esta revista é uma inspiração.


O que me fez comprá-la foi um especial sobre meias absolutamente delicioso. Dá vontade de sair por aí de saia para mostrar, entre outras, estas obras-primas:

Embroidered Knee-Highs by Kristin Nicholas

Over-the-Knee Stockings by Joan McGowan-Michael

Agora o melhor vai ser arranjar o fio recomendado ou equivalente...
Apesar de nunca me ter dado para perder muito tempo a tricotar meias, ando com vontade de tricotar uns pares, tanto elaboradas para usar (e ousar) como quentinhas e confortáveis para dormir. Fiquei inspirada desde que vejo tricotadeiras a revelar que não há nada que se compare a umas meias tricotadas à mão. Como a minha primeira tentativa foi há bastante tempo, e até nem correu mal, está na hora de repetir.

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sábado, dezembro 09, 2006

Febre da costura I - Estojo de agulhas

Estou de volta!! Um problema informático demorado mas (quase) resolvido. Neste tempo todo acumulei muitas coisinhas para mostrar. Como o que interessa é mostrá-las mesmo, nem vou ligar à ordem. Eis a primeira, que por acaso é também a mais recente. As seguintes seguem dentro de momentos…

Com a (re)descoberta da máquina de costura da minha mãe, isto é, do manual de instruções, e a constatação que a máquina afinal faz tudo o que eu queria, deu-me outra vez a febre da costura.
Comprei um tecido barato para cortar e ensaiar moldes, voltei a pegar nas revistas BURDA que vou coleccionando, e entretanto pus-me a praticar pontos e pus a máquina (que é da minha idade) a fazer tudo o que ainda não fizera: pontos ziguezague, pesponto com agulha dupla, casa de botões automática, costura de fechos de correr, etc.
Fiquei tão entusiasmada que desta é que foi e comecei finalmente o estojo de agulhas que já há um tempo estava em stand by.


Já pronto, fechado

Há estojos para todos os gostos…
Eu queria um estojo onde pudesse guardar tudo o que uso para o tricô e o croché, tanto as agulhas como os acessórios que tendem a andar dentro do saco e a perder-se facilmente. A partir de vários estojos que espreitei na Net fiz o meu modelo final.


Incluí:
a) um conjunto de bolsas para todas as agulhas rectas (as compridas em par, as de duas pontas em conjuntos), incluindo as de croché e os alfinetes de malhas;
b) um conjunto de bolsas para as agulhas circulares;
c) um estojo de plástico com fecho de correr, que se tornou numa bolsa para guardar as outras coisas todas: tesoura, fita métrica, agulha de coser lã, alfinetes, botões, elásticos e fitas, etc.



O corpo do estojo e as bolsas são feitos com tecidos de algodão grosso (IKEA), que lhe conferem consistência. A aba, essencial para manter as agulhas dentro do estojo, foi feita com um tecido fino. Optei por fitas em cetim para fechar, mas também há quem use elástico à volta de um botão. Têm de ser costuradas logo no início quando se pesponta os dois rectângulos de tecido principais, tal como a aba. As bolsas são cosidas depois, sobre o corpo. O estojo de plástico é um daqueles normais para a escola.

Passo-a-passo:
1º)
Verificar medidas e medir tudo, cortar as várias partes, alinhavar sempre antes de coser!
2º) Cortar e pespontar a aba, que vai ser cosida de imediato ao estojo
3º) Alinhavar os dois rectângulos de tecido principais, avesso contra avesso, com as ourelas para dentro, e inserir neles as fitas de cetim e a aba. Coser
4º) Fazer a bainha e pespontar o topo superior de todos os rectângulos que vão fazer as bolsas
5º) Alinhavá-los ao estojo, com as ourelas para dentro e cosê-los um a um, uns sobre os outros. No final pespontar as divisões das bolsas de uma só vez sobre os tecidos sobrepostos
6º) Coser o estojo de plástico (não coser o lado do fecho!usar pontos largos para evitar que rompam o plástico)

Apesar de gostar de ver as agulhas “nuas” arrumadas nas bolsas, eu insisto em manter a embalagem original das agulhas circulares (aliás, das agulhas todas). Já era mais fácil guardá-las e identificá-las, continua a ser assim no estojo, tanto para as agulhas circulares como para as agulhas de duas pontas que, toda a gente sabe, têm uma tendência inata para se perderem.

O resultado final

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